OESCAMBAL
terça-feira, outubro 24, 2006
Caio Ricardo Bona Moreira

O ARREPENTIDO

Não quero sasaber de mais nanada. Foi um sosôco na boca. Não, não, na barrirriga. Está entendendo? Foi, foi isso mesmo. Não, não. Eu não escrecreve via assim, assim. Mas agora piorou. Tentei proproteger com a mão. O miserarável quebrou meus ossosos. Dededo da Dédalo duro. Não dededuduro mais. Só dededo mole. Mementira. Fafalei que não fui. Didisse que eu era um cacagogo-eta. Quirodác-dác-ti-tilo. Fufura-bolo, o papai de todos. Deu uma a uma trememenda trememedeira. Dedemoro quase umas duas horas pra escrever. O meu mémédidico dididi......disse que é é irrever.........irreversículo. A lin-lingüística ex ex plica. Não expliplica nanada. Não é bibília? Não fafalo mais assim. Só escreeeeeeeeeeeeeeeeeevo assim. Não explica poporra nenhuma. A medicina aindadá não descobriu. Dadá é popoema sem sem sen sentido. Meu textoto ta loloco, mas não é dada. O doudoutor titiroou uma sasarro: “vá cantatar ou escreve ver aquequelala do nono-el, um gagago apaixonado”. Do Rorosa? Eeeeeessa, memesmo! Eeeeeeeeeeta. Quem quem ele pepensa que quem é? Não o Rorosa, o dodoutor. Com quequem ele ta falalando, eu não sou de trololó. Depopois incentivou: “vovocê já leu Jojoyce?” “Jojoca?” “Não, Já James Joyce” “Já”. É claclaro que não falooooooou assim, sim! Fafalou sem rerepetir.Eu é que arrerrepito. É claclaro que sim. Fo-foi depois de le le lo, não é memesosóica, ou meulhor mesosóclise, disso que quebraram minha mamãe, não, mamão, não a frufruita, nem a bibicha fortuita, a mamão do quiqui-ro-dáaaaaaaactilo, de dededo. Agora vai me deixar de castigo? Não a mama-mão, o memédico. O sesenhor é que é o do-dor-doutor tá? Fu fui me me embora. De-deixe que eu guarde os meus pleonasmomos, meus propobleas. Só escrevovo assim, sim! Não fafalo lo assim. Foi aquele que que quebrou o meu dededo. Dá demais dó deles. Não Dele, dedeles, dos de dedos, não de quem quebrou o dededo. Quem sasabe se eu escrever ver só cocomo vê vejo ou como, como não, não de cocomida, como quem falo, sim? Aí alguém me atende, entetende? Se eu ficar fafalando é memelhor, o meu mel do melhor. Ahhhhh, o doutor riu. O meu memeninozizinho lê popoesia? É claclaro que ele não fafalou assim, sim? Ele não arrerepete as papalávoras. Eu é que arrererepito, e já to arrepentido. É claclaro que sim, sim! Eu leio. E o sese-senhor e-e-endente de popoesia, se não me achamaria de popoeta, entende? Ah, que mamandou eu ser tão dededo do duro, minha mamão não taria ta tá tão boboba e tão estutúpida. Me arrerenego.

caio ricardo bona moreira 8:22 AM



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orig.obsc.; talvez relacionado com a raiz de cambada, com alt. de sufixo para -al 'grande quantidade' e depois grafado com -u, seguindo a pronúncia do -l final, predominante no Brasil, *os cambal > *o scambal > o escambau, ou ainda da raiz de 1cambo/1camba, por processo semelhante; levantou-se ainda a possibilidade de o voc. originar-se de *os cambau > *'s cambau > *scambau > escambau, hipótese que se poderia admitir do ponto de vista da fonética sintática, mas que seria de difícil sustentação do ponto de vista semântico.pode significar ao mesmo tempo: algo que não é verdade, grande quantidade, uma coisa incrível ou a expressão "e muito mais" ... e o escambau
(...)
ADRIANA SCARPIN

Eu existo. Ou não. Visite seu blogue.

CAIO RICARDO

Eu estou poemando, logo existo, ou pelo menos insisto. Essa é uma das minhas meditações, uma espécie de mantra semântico, esse é meu canto assintático. . Visite seu blogue.

FÁBIO CEZAR

Carioca, graduado em Letras, é poeta, músico e professor. Participou como guitarrista e compositor em bandas de rock na cena underground. Escreve em colaboração a revistas, jornais e sites culturais. Editou o zine literário Falárica em edições eletrônica e panfletária, através do qual divulgou sua poesia e de outros poetas e prosadores. Mantém o blog Tediário Poetético .
, laboratório poético onde expõe suas "hipatéticas experiências eletro-estéticas". É autor de Polivocalia (e-book, ed. do autor), além de outros poemas, artigos, ensaios, crônicas e uma peça de teatro inéditos. Visite seu blogue ou site.

FLORA HANNAH

Flora Hannah ou Graciele Tules, a Graci?! Você é quem sabe. Flora é a criação, Graci é a criatura, além de uma pretensiosa aspirante de professora, fotografa e poetisa. Ela nasceu em 1981, em Joinville, e passou a infância ajudando seu pai a arrumar o encanamento entupido. Hoje passa os dias a contar e assassinar moscas. Visite seu blogue

JU REPCHUK

Olho o tempo passando pela janela do meu quarto. Tenho teorias malucas. Ando lendo revistas em excesso. Ando rindo em excesso. Ando grávida. Ando professora de inglês. Ando a pé. Ando mascando o chiclete. Paranaense cosmopolitana. Otimista com as pessoas. Comigo mesma. Aprendendo o manuseio correto das palavras. Conhecendo novas bandas de rock. Apaixoanda por lecionar, por cantar, por namorar... Prefiro o PC à TV. Adepta do widescreen e linguagem original no vídeo. Aprendendo Francês. Tendo uma queda no Alemão. Ainda tenho muito que aprender do Inglês. Da vida.

LUCILA

Pinto (ops), bordo, chuleio, crocheteio e tricoteio, não dirijo e nem ando de bicicleta, tenho talento pra finanças e pro desenho, encanto mais do que canto e a única coisa que quero aprender a tocar é a alma das pessoas. Sobre artes não sei muito, menos ainda da arte de amar. Leio muito menos do que gostaria e muito mais do que as pessoas que convivo. O sol em aquário faz com que a tecnologia e o novo guiem minha vida, a queda que tenho pelo belo, pelo sofisticado e pelo erótico, libra explica. Amo os animais até mesmo aqueles que partiram meu coração. Tenho um sorriso farto e fácil, boca bonita, lágrimas escassas, um bom humor praticamente inabalável e dificuldade de chorar apesar das dores. Me apaixono todos os dias, quase sempre pela pessoa errada, amar amei pouco e fui amada por muitos, não sou uma pessoa de fácil convívio apesar da primeira impressão. Não ligo para presentes, mas sou movida a elogios. Gentilezas e educação me conquistam instantaneamente. Prefiro lambidas à mordidas, mas não me provoque... Visite seu blogue.

LUISANDRO

Catarinense de nascimento, Paranaense de coração. Professor, pô(eta!), apaixonado por Dalton Trevisan, Fernando Pessoas, Woddy Allen e é lingüista também só pra variar. Desvive em Florianópolis (infelizmente não na ilha). Só não fugiu com o circo porque a única coisa que saberia fazer é alimentar os animais. Quer publicar um livro e fazer um filho (um dia desses de chuva, quem sabe?). Visite seu blogue.
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