OESCAMBAL
segunda-feira, outubro 16, 2006

Fragmento de um romance em estado embrionário...

NÓS
(título provisório)

Elas querem me conhecer melhor, elas querem saber quem eu sou antes de se envolverem, antes de se mostrarem, antes de deixarem que eu enfie minha língua viscosa dentro da boca e da buceta delas. Elas querem saber com quem eu andei, quem me deu, quem eu namorei, uma espécie de certidão negativa, querem meus bons antecedentes antes de me deixarem penetrá-las. Essa mania de assepsia me enoja. Essas mulheres que querem conhecer a gente melhor são limpas como um piso de UTI. Mas no fundo são tão nojentas quanto qualquer puta da Conselheiro Mafra. Todas cagam, peidam, cospem, têm espinhas, estrias, compram os mesmos cosméticos das revistas, vêem as mesmas novelas, usam os mesmos xampus, limpam a bunda com o mesmo papel higiênico. Talvez por isso. E, em geral, esse tipo de mulher não gosta de se depilar. Elas têm pêlos na virilha, nas costas e não freqüentam salões de beleza. É por isso! é isso o que as diferencia das prostitutas, das mulheres de taxista e atendentes de lanchonete. Elas não se depilam, elas tomam muitos banhos, elas lêem livros, elas ouvem boa música. Só porque não querem se parecer com as outras mulheres. Mas no âmago elas se parecem muito, todas gemem do mesmo modo, todas ficam úmidas quando excitadas, o clítoris lateja e pede o calor e a sensação de um toque que só a língua pode dar-lhes. A diferença é que umas pedem para ser lambidas. Outras não. Umas gostam e dizem que têm nojo. Umas querem nos conhecer melhor. Outras não esperam. São instintivas, exalam progesterona já aos quinze, outras controlam os instintos, precisam estudar, ler livros, passar no vestibular. É isso que sectariza a nossa sociedade. Enquanto umas estarão grávidas aos dezoito, outras estarão indo morar na capital fazer faculdade de farmácia. Porque teimamos em ficar com estas e não com aquelas? Por que o homem escolhe um tipo de mulher para ser a mãe dos seus filhos e não outro? Por que aquelas preferem os jogadores de futebol, os motoristas, os ambulantes e não os cdfs das humanas? Por que todas as mulheres preferem esse tipo de cara? Porque eles suam, eles jogam futebol, eles sabem consertar o carro, eles não lêem manual de instruções, eles brigavam na escola. Eu leio livros, vejo filmes, ando de ônibus, detesto fazer força, e isso não me faz suar. E mulher não deixa de ser um animal, elas gostam de cheiro, de suor, de pêlos, de grosseria.

L. M. de Souza 11:56 AM



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Adriana Scarpin- domingo
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Flora - sábado
orig.obsc.; talvez relacionado com a raiz de cambada, com alt. de sufixo para -al 'grande quantidade' e depois grafado com -u, seguindo a pronúncia do -l final, predominante no Brasil, *os cambal > *o scambal > o escambau, ou ainda da raiz de 1cambo/1camba, por processo semelhante; levantou-se ainda a possibilidade de o voc. originar-se de *os cambau > *'s cambau > *scambau > escambau, hipótese que se poderia admitir do ponto de vista da fonética sintática, mas que seria de difícil sustentação do ponto de vista semântico.pode significar ao mesmo tempo: algo que não é verdade, grande quantidade, uma coisa incrível ou a expressão "e muito mais" ... e o escambau
(...)
ADRIANA SCARPIN

Eu existo. Ou não. Visite seu blogue.

CAIO RICARDO

Eu estou poemando, logo existo, ou pelo menos insisto. Essa é uma das minhas meditações, uma espécie de mantra semântico, esse é meu canto assintático. . Visite seu blogue.

FÁBIO CEZAR

Carioca, graduado em Letras, é poeta, músico e professor. Participou como guitarrista e compositor em bandas de rock na cena underground. Escreve em colaboração a revistas, jornais e sites culturais. Editou o zine literário Falárica em edições eletrônica e panfletária, através do qual divulgou sua poesia e de outros poetas e prosadores. Mantém o blog Tediário Poetético .
, laboratório poético onde expõe suas "hipatéticas experiências eletro-estéticas". É autor de Polivocalia (e-book, ed. do autor), além de outros poemas, artigos, ensaios, crônicas e uma peça de teatro inéditos. Visite seu blogue ou site.

FLORA HANNAH

Flora Hannah ou Graciele Tules, a Graci?! Você é quem sabe. Flora é a criação, Graci é a criatura, além de uma pretensiosa aspirante de professora, fotografa e poetisa. Ela nasceu em 1981, em Joinville, e passou a infância ajudando seu pai a arrumar o encanamento entupido. Hoje passa os dias a contar e assassinar moscas. Visite seu blogue

JU REPCHUK

Olho o tempo passando pela janela do meu quarto. Tenho teorias malucas. Ando lendo revistas em excesso. Ando rindo em excesso. Ando grávida. Ando professora de inglês. Ando a pé. Ando mascando o chiclete. Paranaense cosmopolitana. Otimista com as pessoas. Comigo mesma. Aprendendo o manuseio correto das palavras. Conhecendo novas bandas de rock. Apaixoanda por lecionar, por cantar, por namorar... Prefiro o PC à TV. Adepta do widescreen e linguagem original no vídeo. Aprendendo Francês. Tendo uma queda no Alemão. Ainda tenho muito que aprender do Inglês. Da vida.

LUCILA

Pinto (ops), bordo, chuleio, crocheteio e tricoteio, não dirijo e nem ando de bicicleta, tenho talento pra finanças e pro desenho, encanto mais do que canto e a única coisa que quero aprender a tocar é a alma das pessoas. Sobre artes não sei muito, menos ainda da arte de amar. Leio muito menos do que gostaria e muito mais do que as pessoas que convivo. O sol em aquário faz com que a tecnologia e o novo guiem minha vida, a queda que tenho pelo belo, pelo sofisticado e pelo erótico, libra explica. Amo os animais até mesmo aqueles que partiram meu coração. Tenho um sorriso farto e fácil, boca bonita, lágrimas escassas, um bom humor praticamente inabalável e dificuldade de chorar apesar das dores. Me apaixono todos os dias, quase sempre pela pessoa errada, amar amei pouco e fui amada por muitos, não sou uma pessoa de fácil convívio apesar da primeira impressão. Não ligo para presentes, mas sou movida a elogios. Gentilezas e educação me conquistam instantaneamente. Prefiro lambidas à mordidas, mas não me provoque... Visite seu blogue.

LUISANDRO

Catarinense de nascimento, Paranaense de coração. Professor, pô(eta!), apaixonado por Dalton Trevisan, Fernando Pessoas, Woddy Allen e é lingüista também só pra variar. Desvive em Florianópolis (infelizmente não na ilha). Só não fugiu com o circo porque a única coisa que saberia fazer é alimentar os animais. Quer publicar um livro e fazer um filho (um dia desses de chuva, quem sabe?). Visite seu blogue.
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