OESCAMBAL
terça-feira, dezembro 26, 2006
HAROLDO DE CAMPOS E A POESIA PÓS-UTÓPICA CONTRA A PROSA BANAL

EIS AÍ UM FRAGMENTO DE UMA ENTREVISTA QUE O HAROLDO DE CAMPOS DEU PARA O PROGRAMA RODA VIDA, DA TV CULTURA. NESSA FALA, O POETA-TRADUTOR, ESCRITOR-CRÍTICO DISCORRE SOBRE A IMPOSSIBILIDADE DO CONCRETISMO NUM CONTEXTO PÓS-UTÓPICO. CLIQUE NO LINK:

http://www.youtube.com/watch?v=0oKlfa0bVWs

caio ricardo bona moreira 6:20 PM


presente

Vídeo clipe de "hoje, amanhã e depois" do Nação Zumbi. Fantástico: música e clipe. Penetra no ouvido e você não quer parar de ouvir

L. M. de Souza 2:49 PM


sábado, dezembro 23, 2006
Corpulencia

Quando se abre a boca cheia de dentes
e descobre o quão és poderoso
que podes engolir tudo e alimentar-se todo!

Quando se abre a boca e a saliva é pouca
pra digerir teu senso
e mastigar tuas entranhas na corpulencia louca!

Quando percebe-se que estais satisfeito
que não aguenta mais o mesmo menu
ainda procura migalhas e restos do mundo
pra sentir fome de tudo e tentar persistir!

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
é natal e a gula é atiçada por todos os lados e até Papai Noel torna-se vilão nessa hora.
feliz tudo a todos.

beijos, té.
www.inversoverso.blogspot.com/

T. g 1:54 PM


sexta-feira, dezembro 22, 2006
uiuixiuaméricrixtimas!!!

Amanhã a meia-noite volto a nascer. Você também. Que seja suave, perfumado nosso parto entre ervas na manjedoura. Que sejamos doces com nossa mãe Gaia, que anda morrendo de morte matada por nós. Façamos um brinde a todas as coisas que o Senhor pôs na Terra para o nosso deleite e terror. Brindemos à Vida – talvez seja esse o nome daquele cara e não o que você imaginou. Embora sejam iguais. Sinônimos, indissociáveis. Feliz, feliz Natal. Merecemos
Caio F.


Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí vem o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante, vai ser diferente.
Drummond


Rehus-Beal-Ledeats, Idah Saidan, Shenoraavor Nor Dari, Tchestita Koleda, Tchestito Rojdestvo Hristovo, Feliz Navidad, Gun Tso Sun, Sretan Bozic, Vrolijk Kerstfeest, Merry Christmas, Joyeux Noel, Kala Christouyenna, Kellemes Karacsonyi unnepeket, Selamat Hari Natal, Idah Saidan Wa Sanah Jadidah, Nollaig Shona Dhuit, Buon Natale, Shinnen omedeto, Sung Tan Chuk Ha, Natale hilare et Annum Faustum, Linksmu Kaledu, Sreken Bozhik, God Jul, Bikpela hamamas blong dispela Krismas na Nupela yia i go long yu, Maligayan Pasko, Wesolych Swiat Bozego Narodzenia, Sarbatori vesele, Pozdrevlyayu s prazdnikom Rozhdestva is Novim Godom, Hristos se rodi, Sretan Bozic, Sawadee Pee Mai, Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Kutlu Olsun, Srozhdestvom Kristovym, Chung Mung Giang Sinh, Cestitamo Bozic, Mewwie Kwuismu...
... FELIZ NATAL

ludelfuego 12:15 AM


terça-feira, dezembro 19, 2006
ONDE POSSO ENCONTRAR UM CD PIRATA DO NOEL ROSA?

Caetano Veloso, em “Samba de Paz”, uma de suas primeiras composições, dizia: “O samba vai vencer / quando o povo perceber / que é o dono da jogada”. Digam o que disserem, o samba nasceu entre umbandas, capoeiras e batuques no prato, e batuques na palma da mão. O samba é do povo – assim como a praça. Mas quem disse que o povo não faz poesia?

Foi nas casas das “tias” baianas da Praça Onze que o samba ganhou o compasso certo. “Pelo Telefone”, de autoria discutida, mas assinada por Ernesto dos Santos, o Donga, foi o marco inicial do gênero, mesmo que outros sambas menores o tenham antecedido. Conta-se que a Tia Ciata teve parceria na composição. Aquela mesma Tia Ciata que virou personagem de “Macunaíma”, do Andrade. Mesmo sem nenhum registro da voz de Donga, sabemos exatamente como as músicas eram cantadas. O samba tem essa capacidade incrível de passar de roda em roda como um vírus contagioso e letal. Só mata de alegria, a não ser aqueles do ti-cu-tu-co-no-cutuco, que, de faca e prato na mão, marcam o ritmo frenético do morro, mas depois acabam brigando por causa de uma mulata dengosa que mantinha um caso amoroso com ambos.

Não podemos ouvir a voz de Donga, mas podemos visualizar a animação (alma do samba) que regava os batuques em sua casa: Pixinguinha e Jacob do Bandolim só para citar alguns. O samba-maxixe “Pelo Telefone” talvez seja o primeiro samba engajado da nossa história, empenhado não somente em ser arte de festa, já que a origem do samba como arte só pode ser observada como “arte de festa”, longe dos manuais esteticistas e museus caducos, mas principalmente em criticar corrupção policial que rondava o Rio de Janeiro do início do século XX.

Os apaixonados por categorizações e gêneros adorariam classificar: Samba-choro, samba-canção, partido alto, samba de breque, samba exaltação, samba de roda, samba enredo, pagode, e por aí vai. Com a explosão do rádio, o samba desce o morro e penetra sem pedir licença nos lares burgueses, classe A e B, meu pai comprou um rádio, seu pai não tem. Mansamente vem chegando: Francisco Alves, Orlando Silva, Noel Rosa, etc. São lançados os famosos discos de 78 RPM, hoje dificilmente encontrados em sebos e lojas especializadas em antiguidades, êta passado quase presente-remoto-e-careta. Os ouvintes da Rádio Nacional (inclusive os daqui de Porto União – cofrinho do mundo) encomendavam os discos e esperavam ansiosamente para “fazer funcionar a vitrola”.

Cada disco comportava, na maioria das vezes, apenas duas pérolas, uma de cada lado do disco. E falavam para os vizinhos: “Você já ouviu “Linda Flor (Ai, Ioiô)?”, coisa linda: ai ioiô, eu nasci pra sofrer, fui olhar pra você, meus óinho fechou!”. Cada lançamento era uma festa. Hoje, a coisa só não é mais fácil, porque só poderia ficar mais difícil. Milhões e milhões de CDs piratas encontrados em cada esquina. Os títulos são sempre os mesmos: “Bruno e Marrone, Zezé de Camargo e Luciano, Sandy e Júnior. Por que não copiam um CD do Jards Macalé? Nunca vi um CD do Jards Macalé numa banca de CD pirata. E do Cartola? É urgente, onde está a antologia do Noel Rosa pirateada? Quem vai levar?

Caio Ricardo Bona Moreira - Porto União: cofrinho do mundo

caio ricardo bona moreira 7:38 PM


sábado, dezembro 16, 2006
Ventilador

Vento ventilante nosso
vossos, seus...
Vento ventilante
ventila como ventilador em minha janela...
e faz tudo girar...
traz nas barras o encanto,
e a imaginação à rodopiar...
Abraço o vento...
pra dizer que o estímo
pra sentir sua brisa suve em meus cabelos,
e pra dançar junto a ele...
vento ventilante...
pela casa a bailar... "

http://inversoverso.blogspot.com/

T. g 9:28 PM


sexta-feira, dezembro 15, 2006
Eu vou contar o final do filme

A maior qualidade de Volver é sem dúvida Penélope Cruz. LUMINOSA E LINDA. Creio que nunca a vi tão bem num papel, ou tão bonita. Mas na verdade eu não gostei muito do filme e digo sem a menor culpa ou crise de consciência porque eu acho Almodóvar genial, e quando eu digo que não gostei muito não significa que não possa ser o melhor filme do ano. Não gostei de como as mulheres lidaram com o abuso sexual. E acho que ele esteve muito distante de fazer uma catarse com um tema que é meio a "cara" dele. Primeiro, as cores são genias e tal, o xale xadrez... Mas qualquer um sabe que ele faz isso bem. Depois, o lance da ética católica, e eu gosto da marcação da ética católica justamente porque a protestante que venceu, com os chatérrimos norte-americanos e os insossos ingleses. Tem um lance de que é de NINGUÉM chamar a polícia. Muito bem sacado porque não comete o desatino de querer induzir uma nova moral. Apenas nos mostra o que já houve antes disso. Havia honra e vingança. A resolução do conflito se dá da única forma POSSÍVEL. Tem a culpa da mãe, que acaba indo cuidar da filha da mulher que ela matou durante a vingança. E isso, achei católico também. Culpa e dívidas morais. Melhor cena: Raimunda (Penélope Cruz) limpando o sangue e parecia que ela estava lidando com menstruação. Alguém já disse: Quem sabe mexer com sangue são as mulheres, que se livram dele todo mês. Genial também a preferência pela morte e ocultação do cadáver, melhor isso do que lidar com o tema em qualquer nível. A Penélope Cruz perdoa a mãe porque ela botou fogo no pai e pronto, e é aí que eu não gostei muito, não é só isso, né? Há desdobramentos com o abuso. E isso está tão bom e claro em Má Educação. No Volver ficou devendo. Desviou mesmo. E ele NUNCA desvia de nada, por que foi desviar disso? Não é tão simples assim. Você sofre abuso e enfia a cara no trabalho ou alguma coisa que me escapou. Ninguém vai surtar não? Mesmo a mãe da Penélope. A gente só conhece a mulher pós-surto. Enfim, é só uma opinião mesmo. Não foi o soco no estômago que Má Educação foi. Primeira vez que saio de um filme dele sem aquela impressão de que é o melhor filme que eu vi na vida. E eu acho que a discrepância entre a trajetória do Inácio e da Raimunda não diz, como nos outros filmes, coisas sobre o universo feminino e masculino. Parece que ele ficou com dó da Raimunda. E aí não, né?

ludelfuego 5:29 PM


terça-feira, dezembro 12, 2006
Caio Ricardo Bona Moreira

Rápidas palavras sobre
LAVOURA ARCAICA E A ROSA BRANCA DO DESESPERO





Que estranha força é essa das pequenas coisas? Por que tenho o meu olhar atraído em alguns momentos para as coisas aparentemente mais banais? A literatura e o cinema têm para mim forças estranhíssimas. Sou povoado por pequenas imagens, compostas por algumas figuras e sons, alguns tons e movimentos.

Carrego durante algum tempo a imagem inicial do livro “Lavoura Arcaica”, do Nassar, como uma fotografia. Como pode ser? Às vezes não sei explicar o motivo do meu gosto. Por que gosto disso e não daquilo? Alguns textos me tocam pela experiência da palavra. Gosto dos sons, das linhas que se desenrolam na minha cabeça, dos sons imaginários que me conduzem à mágica geografia do meu corpo. Poderia dizer: “gosto muito de um poeta, porque ele fala de amor, e isso me emociona”; Poderia dizer: “Gosto muito do Guimarães Rosa, não pela estória, mas pelo novelo lingüístico revelado à medida que se ouve”. É isso, pode ser, não consigo explicar.

O motivo que me incita a falar sobre a Lavoura Arcaica é o mesmo motivo erótico – não pornográfico – que conduz o meu sono em noites de calores internos. Mas não é o amor incestuoso de André por Ana, e vive-versa, que me convida aqui. Ana poderia muito bem ser apenas um outro lado de André – ambos são vítimas – ninguém seduz ninguém. Mas não, o que me leva a falar – ou melhor, escrever – estranha é mania de achar que falo quando escrevo – é justamente um motivo quase banal – não para mim. O que me impressionou – e acho que já escrevi sobre isso no meu blog – na narrativa de Raduan foi o compromisso poético com a escritura. Mas o que me impressiona agora é a adaptação para o cinema. Assisti ao filme ontem. Ainda estou "embriagado".

Arrisco dizer que o filme não é uma adaptação – isso é óbvio – o filme é uma outra coisa, massa disforme de pura pureza poética. Quem pesquisar sobre a película descobrirá que o método de filmagem foi estranhíssimo. Os atores foram morar durante algum tempo numa fazenda no interior de São Paulo. Não interpretaram os personagens, viveram. Estas são palavras do Raul Cortez, que interpretou o patriarca, magnífico pai da família árabe, centro onde jaz em perfeito silêncio os valores sagrados da sacro-santa família. Agora, volto ao assunto principal: o que me chama a atenção -penso aqui no filme e no livro – são as pequenas coisas que poderiam "ficar de lado" pelo olhar de um leitor-telespectador indiferente.

Ah, como me impressionou o vestido de Ana. Parece algodão cru, combina com a sua pele. E o lampião aceso, enquanto o pai, feito um ambivalente Deus-ditador discursa calmamente para a família. E a rosa presa nos cabelos de Ana, quando ela dança a cena final. E o muro de pedras irregulares que contornam a casa. E o sapato de André, rapidamente abandonado em momentos de prazer. E o barulho das folhas. Ah, que linda cena primeira do filme, aquela em que André, num quarto de pensão, colhe do corpo a "rosa branca do desespero" (que imagem revelaria melhor a “porra” que sai do seu pênis?). No entanto, não aparece a rosa, não aparece o pênis. Incrível. Mas o melhor foi o som do trem que acelera e desacelera enquanto a rosa é plantada e colhida. Que beleza mística a dança árabe da família! A música parece ter sido composta para Ana, que dança voluptuosamente à procura de um olhar incestuoso do irmão, que se contorce na relva. São esses silêncios que me seduziram. Por isso gostei do filme. Também por isso. Não só por isso.


caio ricardo bona moreira 5:09 PM


segunda-feira, dezembro 11, 2006
três sons

a corda

acorde

acorda


L. M. de Souza 11:05 AM


domingo, dezembro 10, 2006
La Chinoise

Estou muito longe de ser marxista-maoísta ou leninista, mas La Chinoise de 1967 tem um discurso bastante interessante para se conhecer a juventude de Maio de 68 e os meandros da linguagem de Godard. Aliás, é impressionantemente profético como o cinema de Godard convergiu com os acontecimentos históricos da França. Está longe de ter a qualidade de um Bande à Part, Pierrot le Fou, Desprezo ou Acossado, mas ainda vale dar uma conferida.

Nota 1: O filme se passa todo num apartamento que considero um dos mais lindos do cinema, cuja decoração usa e abusa da obsessão de Godard por cores primárias (que por acaso também herdei com a minha mania de sofás vermelhos e paredes azuis), que vai além da utilização das cores da bandeira francesa e recai também no amarelo.

Nota 2: Deixo aqui um link para uma das mais clássicas cenas do cinema, faz parte do meu filme preferido do mestre Godard: Bande à Part. Por acaso toda a sequência passada na lanchonete desse filme foi inspiração para os momentos de Mia Wallace e Vincent Vega em Pulp Fiction, como vocês mesmo poderão conferir nesse trecho.

Anônimo 12:02 AM


sexta-feira, dezembro 08, 2006
Fúria de Titãs (Gênesis e Atos)


pensamentos, vitorias, derrotas, as batalhas campais que concernem os encontros e desencontros da existencia terrena, dos relacionamentos, da atividade fornicativa e da canalhice light auto-sustentada.

Genesis - Para Lucila, minha visão da Co-Autora
Ausente de qualquer modéstia, minha natureza de exímeo contador de causos e servidor da palavra não me bastam nessa narrativa. Foi há exatamente um decênio, em uma dessa situações ridículas que o tédio e o acaso nos colocam pela frente. À medida que fomos trocando as figurinhas da vida, e as risadas nos fizeram engasgar com os fermentados, destilados e alcalóides presentes em cada ocasião, percebi que a mitologia estava equivocada. Por Zeus!! Seria possível a co-existência harmoniosa de 02 titãs em um mesmo campanário?? Reconheci de pronto a envergadura de Lucila ou simplesmente Lu, a "Gatinha". Entre seus diversos feitos dignos dos 12 trabalhos herculanos, realizei quantos bufões caíam dioturnamente a meu derredor e como tantos outros já haviam se curvado e eram magistralmente titereados por ela. Estaria eu finalmente diante de meu mais formidável nêmesis??Ao medir nossas forças, sapientes, decidimos ser desnecessária a intervenção de Perseu. De maneira subliminar, estabelecemos um pacto de "não-agressão", pois em verdade vos digo: a confluência desordenada de 02 titãs pode trazer efeitos devastadores. Hoje tenho o dobro de minha altura pela soma com Lucila. Regozijo-me por sua capacidade de orquestração e partilho o sorriso de canto de boca a cada corpo que cai. Para ti, minha querida amiga "Gatinha", um ósculo na face...obviamente após a lambida.

Desvendando a "Síndrome do Depois"
Ao contrário da pluralidade filosofal, do eterno improvável, da memória paquidérmica e das infinitas possibilidades que envolvem o pensar e o agir da turma do genoma XX, o universo masculino é sim, extremamente singular e previsível... ousaria dizer até facilmente manipulável, como certamente minha ilustríssima colega co-autora, Lu, pode atestar. Com o tocar das cornucópias, resolvi abrir a caixa de pandora sobre segredos e os motivos milenares que, desde nossos mais longínquos antepassados, envolvem a indiferença masculina pós-coitum: a infame "Sindrome do Depois". Este evento se alastra em progressão geométrica e vitima com saia justíssima milhares de homens de bem (e do mal), fadados a utilização de linguagem fática e esfarrapelas diversas após a troca de fluidos corporais. A sensação do querer não estar, sublimar se possivel... ou mesmo fazer-se de louco e correr nú pelas ruas para atenuar a dor que o aguilhão do remorso nos trás. Pela clava de Might Thor!! Fizestes esta defecagem outra vez!!??? Rogo ao mulhereto que atentem para detalhe de importância importantíssima: não se trata do sentimento desgraçado trazido pela sobriedade após o uso de LEM - Líquido Embelezador de Mulheres - Este merecidamente revela-se quando descobrimos que não nos deitamos com Gilda, mas com o Exú Caveira pulando em brasa quente. Nazareno!!!! .(Tema que será discutido em capítulo específico: "O Teorema de Léo Jaime"). Au contraire, a SD é implacável, cruel e não poupa as mais belas flores. Minha idiotice masculina revelou-se cedo. Mais especificamente a capacidade de incorrer no mesmo erro diversas vezes... over and over.... and over again. Fui rasgado pela SD antes, durante e depois. Cobaia de minha própria cobiça. Quantas vezes andei na linha tênue dos comentários sobre o clima, cigarrinhos estratégicos apesar de não ser fumante e/ou inverossímeos compromissos de ultima hora as 3 da manhã. Quantas vezes, voluntaria e involuntáriamente, causei a dúvida, o choro, a cólera, a insegurança, enjôo, azia e má-digestão? Ferí. Nesse processo, felizes são somente os motoristas do rádio taxi fazendo a férea em bandeira 2 ao quadrado de madruga. Certa feita, o inexplicado entendimento me bateu à cara. Acometido pela SD em uma fazenda no sul do país, encontrei-me em um estábulo tal qual um roedor, literalmetne fugindo da cama de uma mulher belissima. Sábia natureza. Observei. Após a furiosa corte preliminar e a rápida cobertura da fêmea, o reprodutor volta-se imediatamente à pastagem...indiferente, apático... quase humano. Tracei de imediato o paralelo de como nos comportamos no Motel: abrindo uma gelada e, com o controle remoto em mãos, símbolo máximo da cretina supremacia masculina, mudamos impacientemente a transmissão de "Backdoor Sluts - 8" para um emocionante jogo de bola Seleção Junior do Equador X Serra Leoa ou mesmo um digestivo episódio do Chapolim Colorado. Aliás, aquele em que ele diz... deixa pra lá. Com efeito, percebi que não há cura, paleativo, guizado, unguento ou poção. A fé irá falhar e mais uma beldade ficará com cara de "Sinhá Maricota!! cadê o frade??". Mas nem tudo está perdido: há a prevenção. O intercurso sem um mínimo de cumplicidade levará ao mal. Seria a febre-do-rato ou estaria eu admitindo a necessidade.... do amor??? Admito. Por isso mesmo é que há de haver mais compaixão e muito, muito mais do que o simples movimento de atrito. Afinal, diferentes dos equinos, temos a capacidade do livre arbítrio e a habilidade de tecer estratagemas, digo as mulheres... os homens via de regra, exceto pela cauda, poderiam estar no mesmo grupo quadrúpede. Lembro-me de um loiraça que conheci patinando nas calçadas de South Beach na Flórida... usava uma camiseta apertada com uma frase distorcida pelos seios fartos, cheios de polímeros: "i have the tool, i make the rules". Vencedora será a mulher que utilizar-se-á desta premissa com sabedoria. E idolatrado, carrergado nos braços da povo, o homem que puder contar detalhes a respeito daqueles peitões. No caso, este humilde titã por detrás do teclado. Muito obrigado pelos aplausos, mas não precisa ir longe Sherlock... após a selvageria com a loira, fui abatido pela pena capital.... mais uma vez, a Síndrome do Depois...

Marlus Daniel "O Mael" (meu amigo de fé e irmão camarada) in
Fúria de Titãs

ludelfuego 4:37 PM


terça-feira, dezembro 05, 2006
Caio Ricardo Bona Moreira

POEMETO PARA O TIO VINÍCIUS
.
Eu quis amar mas tive medo
E quis salvar meu coração
Mas o amor sabe um segredo
O medo pode matar o seu coração
Água de beber, Água de beber, camará
Água de beber, Água de beber, camará
(Vinícius de Moraes)
.

"sou aquilo que o mundo fez de mim

o mundo é aquilo que faço dele

eu me alimento de todas as mentiras de verdade

enquanto a vida mata minha sede"

c.moreira


caio ricardo bona moreira 1:06 PM


segunda-feira, dezembro 04, 2006
o cortiço


"E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe toda a alma pelos olhos enamorados. Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que ele recebeu chegando aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras; era a palmeira virginal e esquiva que se não torce a nenhuma outra planta; era o veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti mais doce que o mel e era a castanha do caju, que abre feridas com o seu azeite de fogo; ela era a cobra verde e traiçoeira, a lugarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito tempo em torno do corpo dele, assanhando-lhe os desejos, acordando-lhe as fibras embambecidas pela saudade da terra, picando-lhe as artérias, para lhe cuspir dentro do sangue uma centelha daquele amor setentrional, uma nota daquela música feita de gemidos de prazer, uma larva daquela nuvem de cantáridas que zumbiam em torno da Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa fosforescência afrodisíaca."
de "O Cortiço" de Aloísio de Azevedo
Estou lendo esse livro, e é com certeza uma das coisas mais gostosas de serem lidas em língua portuguesa. prosa fluente, bem adjetivada, com descrições não enfadonhas, você se sente dentro do cortiço vendo as pessoas sentindo seus sentimentos, suas reações, é muito bom mesmo.

L. M. de Souza 12:09 PM


sábado, dezembro 02, 2006
Sonho [NÚ]

Sonhos flutuam no quarto semi-escuro
e a luz caí em gotas pelo colchão
uma sombra púrpura me espera encostada
na porta entre aberta para o mundo
que batuca ao fundo,
alucinação...
ouço vozes, que [me] chamam...
que refletem
entre o fechar dos olhos
à nudez do sonho
e o acordar sem intensão.
Ouso olhar no espelho
os olhos que olham os olhares
indecisos...
que perambulam em desordem e desencontro
nas bocas que bocejam o sono
retraído...de uma noite mal dormida
de pesadelo & ilusão.
>>>www.inversoverso.blogspot.com/>>>

T. g 3:43 PM


sexta-feira, dezembro 01, 2006
O meu prazer agora é risco de vida...


1 de Dezembro
Dia Mundial da Luta contra a AIDS


ludelfuego 9:38 AM



Literatura, lixeratura, Música, Cinema, Teatro e outros bordéis.

Adriana Scarpin- domingo
Luisandro - segunda-feira
Caio Ricardo- terça-feira
Juliana - quinta-feira
Lucila - sexta-feira
Flora - sábado
orig.obsc.; talvez relacionado com a raiz de cambada, com alt. de sufixo para -al 'grande quantidade' e depois grafado com -u, seguindo a pronúncia do -l final, predominante no Brasil, *os cambal > *o scambal > o escambau, ou ainda da raiz de 1cambo/1camba, por processo semelhante; levantou-se ainda a possibilidade de o voc. originar-se de *os cambau > *'s cambau > *scambau > escambau, hipótese que se poderia admitir do ponto de vista da fonética sintática, mas que seria de difícil sustentação do ponto de vista semântico.pode significar ao mesmo tempo: algo que não é verdade, grande quantidade, uma coisa incrível ou a expressão "e muito mais" ... e o escambau
(...)
ADRIANA SCARPIN

Eu existo. Ou não. Visite seu blogue.

CAIO RICARDO

Eu estou poemando, logo existo, ou pelo menos insisto. Essa é uma das minhas meditações, uma espécie de mantra semântico, esse é meu canto assintático. . Visite seu blogue.

FÁBIO CEZAR

Carioca, graduado em Letras, é poeta, músico e professor. Participou como guitarrista e compositor em bandas de rock na cena underground. Escreve em colaboração a revistas, jornais e sites culturais. Editou o zine literário Falárica em edições eletrônica e panfletária, através do qual divulgou sua poesia e de outros poetas e prosadores. Mantém o blog Tediário Poetético .
, laboratório poético onde expõe suas "hipatéticas experiências eletro-estéticas". É autor de Polivocalia (e-book, ed. do autor), além de outros poemas, artigos, ensaios, crônicas e uma peça de teatro inéditos. Visite seu blogue ou site.

FLORA HANNAH

Flora Hannah ou Graciele Tules, a Graci?! Você é quem sabe. Flora é a criação, Graci é a criatura, além de uma pretensiosa aspirante de professora, fotografa e poetisa. Ela nasceu em 1981, em Joinville, e passou a infância ajudando seu pai a arrumar o encanamento entupido. Hoje passa os dias a contar e assassinar moscas. Visite seu blogue

JU REPCHUK

Olho o tempo passando pela janela do meu quarto. Tenho teorias malucas. Ando lendo revistas em excesso. Ando rindo em excesso. Ando grávida. Ando professora de inglês. Ando a pé. Ando mascando o chiclete. Paranaense cosmopolitana. Otimista com as pessoas. Comigo mesma. Aprendendo o manuseio correto das palavras. Conhecendo novas bandas de rock. Apaixoanda por lecionar, por cantar, por namorar... Prefiro o PC à TV. Adepta do widescreen e linguagem original no vídeo. Aprendendo Francês. Tendo uma queda no Alemão. Ainda tenho muito que aprender do Inglês. Da vida.

LUCILA

Pinto (ops), bordo, chuleio, crocheteio e tricoteio, não dirijo e nem ando de bicicleta, tenho talento pra finanças e pro desenho, encanto mais do que canto e a única coisa que quero aprender a tocar é a alma das pessoas. Sobre artes não sei muito, menos ainda da arte de amar. Leio muito menos do que gostaria e muito mais do que as pessoas que convivo. O sol em aquário faz com que a tecnologia e o novo guiem minha vida, a queda que tenho pelo belo, pelo sofisticado e pelo erótico, libra explica. Amo os animais até mesmo aqueles que partiram meu coração. Tenho um sorriso farto e fácil, boca bonita, lágrimas escassas, um bom humor praticamente inabalável e dificuldade de chorar apesar das dores. Me apaixono todos os dias, quase sempre pela pessoa errada, amar amei pouco e fui amada por muitos, não sou uma pessoa de fácil convívio apesar da primeira impressão. Não ligo para presentes, mas sou movida a elogios. Gentilezas e educação me conquistam instantaneamente. Prefiro lambidas à mordidas, mas não me provoque... Visite seu blogue.

LUISANDRO

Catarinense de nascimento, Paranaense de coração. Professor, pô(eta!), apaixonado por Dalton Trevisan, Fernando Pessoas, Woddy Allen e é lingüista também só pra variar. Desvive em Florianópolis (infelizmente não na ilha). Só não fugiu com o circo porque a única coisa que saberia fazer é alimentar os animais. Quer publicar um livro e fazer um filho (um dia desses de chuva, quem sabe?). Visite seu blogue.
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