OESCAMBAL
domingo, março 11, 2007
Transformer de Lou Reed recontado por Mariângela Carvalho

Era o meio da década de 60, e a cidade de Nova York estava infestada de gente maluca. Todos eram depravados em potencial — inclusive eu — e alguns eram loucos de pedra — inclusive eu, acho. A maioria de nós vivia em um esquema que beirava a nossa própria depreciação absoluta. Tomávamos vinho de manhã e café-da-manhã à noite; vivíamos com o cérebro a milhão, entorpecidos e impressionados com o que presenciávamos nas ruas, na faculdade, nas festas e, principalmente, com aquilo que descobríamos sobre a natureza humana.
Havia toda aquela balela dos programas do Ed Sullivan e aqueles almofadinhas de terno e gravata com corte de cabelo cafona. Rolava a presunção típica de norte-americanos bem nascidos, estudados e de ego inflado — coisa que só adquiri com o tempo. Era constrangedor. Chegávamos aos lugares, principalmente à universidade, e as pessoas eram intelectualizadas, metidas e chatas. Aquilo não era nosso mundo, e realmente não
nos importávamos. Queríamos olhar para a frente e enxergar coisas novas. Queríamos sair daquele círculo vicioso de imbecilidade acadêmica.
Vivíamos algo diferente. Nova York ostentava uma onda intensa de aberração e hedonismo, e recebia todo e qualquer tipo de gente. Os que eu conhecia eram os mais estranhos, sórdidos e insanos. Eu me sentia um ímã de bizarrices. Os mais loucos sempre colavam em mim e, de maneira muito pior, eu sempre me aproximava dos mais bizarros. Eram todos doidos para causar algum tipo de revolução sociocultural, queriam desafiar conceitos e inventar novos paradigmas estéticos e artísticos. Tenho certeza de que aprendiam essas coisas e termos nos próprios cursos que freqüentavam de vez em quando, em aulas superconceituais e cheias de nulidades.
De qualquer maneira, aquele bando me inspirava de um jeito muito incômodo, desconfortável e tentador. Eu não podia evitar. Viver com tantos desregrados fazia com que me sentisse alto e destemido. Foi mais ou menos nessa época que todos começaram a freqüentar um dos lugares mais alucinatórios em que eu já pisei. Só de entrar lá eu ficava em êxtase, dopado pela sensação de poder conhecer um mundo paralelo, um mundo onde aquele povo estranho só pecava por um aspecto: sensibilidade. Pior do que gente estranha é gente sensível.
O lugar era um grande estúdio sem muita mobília – apenas algumas poltronas, um par de sofás sujos, uma mesa velha com quatro cadeiras detonadas e uma espécie de palco. Esse era um convite a que qualquer um subisse, cantasse ou tocasse. No palco, que na verdade era delimitado por um tapete cor de vinho, grande e empoeirado, ficava um piano, uma guitarra castigada por tantas mãos sujas que a tocaram, instrumentos de percussão, dois ou três amplificadores baratos e o pedestal com microfone. A cozinha era pequena e escura, lotada de louça suja e com grande potencial para abrigar animais peçonhentos. O banheiro era outra imundície, e você teria nojo só de pensar em entrar lá. Nas paredes amontoavam-se telas cheias de simbolismo e mensagens conceituais. Mas eram belos quadros, com cores fortes, formas geométricas e figuras conhecidas, como atrizes de Hollywood e cantores de rock. Um dos meus quadros preferidos era um atentado estético anticapitalista: uma série de latas de sopa de tomate.
O dono do lugar era um tipo esquisito, com o cabelo quase todo branco. Falava pouco, observava muito e era maníaco pelo pop. O nome dele era Andy, e todos queriam ser amigos dele. Ele até parecia ser um cara generoso, deixando aquele bando freqüentar seu estúdio, usar drogas, chapar e até morar ali. Comecei a ir àquele lugar porque um amigo meu, o John, uns caras que conheciam Andy. E isso era o bastante.
Na época, John era impressionante — e muitas vezes chegava a ser genial, principalmente quando fazia música. Depois, começou com uns lances experimentais, umas coisas para as quais eu nem ligava. Mas essa é outra história. Desde a primeira vez que fui com ele, fiquei meio perturbado. Chegamos lá e, para mim, era algo completamente diferente de tudo o que eu já vira. Tudo e todos eram cheios de pose, algo que lá fora eu detestava e pelo que sentia verdadeiro asco. Mas a sensação ali era outra. Aquele mundo era mais real, apesar das constantes viagens egocêntricas que a maioria parecia ter. Eles falavam do quão importantes, conhecidos e queridos eram para o resto da sociedade – mas que sociedade? A sociedade não dá a mínima para um bando de gente estudada que se mete em pequenos purgatórios como aquele e pira com coisas como sons elétricos, vanguarda cultural, contracultura e submundos em geral. Pelo menos é o que eu acho. Talvez algumas pessoas de fora se interessem por isso também, não sei. Sentia que logo estaria viciado naquilo, no lugar, nas pessoas, no que faziam e diziam. Eu me tornaria parte daquele bando, mesmo sem perceber. Era irônico e até hoje penso nisto: no quanto nos tornamos gregários e dependentes de situações.
Logo que entramos – a porta dava de frente para o palco – vi uma loira linda, lânguida e bebaça, cantando frases desconexas no microfone acompanhada por um cara ao piano. Ela se enrolava sensualmente no fio e dançava com o pedestal. Sua beleza ofuscava meus olhos, e a frase que cantava ficou latejando na minha cabeça: Take a walk on the wild side. Ela cantava e se esfregava no pedestal enquanto eu ficava doido por ela. Quando percebeu meu estado, John me cutucou e disse que ela era alemã — a perfeita encarnação de uma chanteuse —, e que era perigosa e depressiva. A música ecoava na minha cabeça, num loop infinito: Take a walk on the wild side...
Depois dessa primeira impressão, John me levou para conhecer algumas pessoas. Apresentou-me aos outros como seu “grande, querido e poeta amigo”. Não pude evitar um sorriso amarelo e acanhado. Eu não sabia o que fazer, o que dizer ou como agir com aquelas pessoas. Resolvi ficar na minha e apenas observar quem entrava, quem saia e as histórias que eles contavam. John me apresentou o Andy e senti algo muito diferente nele. Ele era exótico e improvável, e acho que foi com a minha cara.
De vez em quando eu dava uma espiada rápida pro palco só para olhar pra ela. Ela já não repetia aquele verso, mas continuava fritando, cantando e me deixando maluco. Resolvi me sentar porque me sentia cansado e, de certa forma, desmoralizado.
Arrumei um lugar no sofá, onde também estavam outras três pessoas. Eram garotas, mas uma delas era bastante estranha. Sentei e fiquei prestando atenção à conversa que travavam. Cada uma contava coisas mais bizarras e interessantes do que a outra. Quando começaram a falar, percebi que uma delas, a estranha, não era dali.
Dizia que chegara a NY vindo de carona desde Miami. Não se sentia feliz por lá e resolveu conhecer os prazeres e luxúrias de uma cidade como esta. No meio do caminho, tirou as sobrancelhas, raspou as pernas e deixou de ser um cara. Agora ele era
Holly, uma garota que estava ali para contar a sua história. A outra, Candy, vinha de uma ilha e era a queridinha de todos. Ela se achava realmente boa e uma de suas maiores qualidades era a paciência: nunca perdia a cabeça, nem quando era obrigada a fazer um boquete em algum cara, mesmo que não quisesse. A terceira era Jackie, e ela era impressionantemente bonita e jovem — aparentava ter uns dezessete anos. Falava acelerada e energicamente, parecia estar vivendo o último dia da sua vida entorpecida de ácido e dizia que estava sempre perguntando a si mesma se um dia seria estrela de cinema – ela era atriz. Lunática. Pensei comigo mesmo que um bom Valium era a única coisa que a ajudaria naquele momento.
Elas se levantaram do sofá e eu logo olhei para o palco, mas já não havia mais ninguém. Fui procurar John e o achei junto a um grupo de novos amigos, que empunhavam seringas e agulhas sujas. Eles conversavam e riam, mas eu só escutava. E aquela frase... tomando conta de mim por dentro. John e seus amigos pareciam se divertir muito, dando gargalhadas altas. Mas logo saí de perto. Quando fomos embora, ele me contou por cima algumas conversas que tiveram; disse que aquela era a primeira vez que via aquelas pessoas, mas se tinham se dado muito bem.
John falou algumas coisas sobre seus amigos recentes: Henry era um cara novo e cheio da grana, queria ser padre e teve de desenterrar o corpo de seu pai que havia falecido recentemente; Jeanie era uma garota mimada e achava que sabia de tudo; e Cathy era uma viagem, gostava de pintar os dedos do pé. Mas a real é que eu não tinha gostado muito deles, mesmo encontrando todos outras vezes.
Dei uma olhada ao redor, procurando por aquela loira. Ela realmente mexeu comigo. Já era de manhã e fomos embora. Não consegui dormir pensando nela. Eu imaginava como ela seria de perto, como seria tocar seus cabelos e qual o cheiro e o sabor da sua pele. Imaginava como seria observá-la enquanto se arrumava: pancake, delineador, batom, rouge, perfume. Sonhava acordado com ela na minha cama, deitada ao meu lado – seria
tão maravilhoso. Seria tão maravilhoso se nos apaixonássemos... E adormeci.
Quando acordei, fiquei um tempão lembrando do sonho que tive: era um dia perfeito, bebemos no parque, demos comida aos animais no zoológico, vimos um filme e fomos para casa. Um dia perfeito junto com ela. Não havia problemas, parecia que estávamos num final de semana eterno, e sozinhos. Ela fazia com que eu me sentisse leve, que eu esquecesse de mim mesmo, que achasse que era outra pessoa, alguém bom. Mas foi apenas sonho, dias perfeitos não existem.
Apareci outras vezes no estúdio de Andy, mas foi lá pela quarta vez que a encontrei novamente. Ela estava de branco e impecável. Entrei em pânico. Acho que estava sóbria, ou pelo menos estava bem diferente do que tinha visto na primeira noite. Por sorte eu estava mais sociável e puxei uma conversa besta com ela. Ela era amigável e me respondia com delicadeza. Andy nos viu e se aproximou. Apresentou-me a ela como “amigo de John” e logo estávamos falando daquela besteirada toda de arte e movimentos culturais. Eles me perguntaram o que eu fazia. Disse a eles que fazia muitas coisas, mas música era do que eu mais gostava. Andy e ela adoraram, fizeram muitas perguntas e ela queria saber se poderia participar dos nossos ensaios “só para ver de perto”. Combinamos um dia e passei o endereço dos ensaios num pedaço amassado de papel que estava no meu bolso. Andy me viu entregando o papel e novamente voltou sua atenção a nós – a essa altura ele já estava rodeado de aproveitadores. Achou legal, perguntou se poderia ir também e eu me senti honrado.
Avisei ao John no dia do ensaio que talvez recebêssemos visita. Ele não se incomodou e nem perguntou quem era. Quando chegaram, John ficou surpreso. Ela e Andy entraram e já estavam confortáveis quando voltamos para a sala. John e eu estávamos meio intimidados, e acho que ela percebeu e perguntou se poderíamos acompanhá-la enquanto cantava qualquer coisa. Tremi por dentro: eu estaria perdido se ela voltasse a cantar aquele verso. Mas ela começou grave e pesada, lamentando-se do último pé na bunda. Ela balbuciava palavras desconexas e demorei a chegar numa melodia que pudesse soar tão preocupada e distorcida quanto a que ela cantava. Em pouco tempo estávamos em perfeita harmonia: eu, ela e John.
Andy assistiu a tudo passivamente, sem expressão. Você jamais poderia apostar em seus pensamentos, era certeza de errar. Pensei que ele tivesse achado um desperdício de tempo aquele nosso ensaio, mas, depois de uma pausa silenciosa, ele falou apenas “genial”. Não pude evitar olhar para ela e sorrir. Começamos uma história juntos e descobri muitas coisas.
Ela era ótima, perversa, e tinha uma beleza fatal — chegou a ser eleita a Garota Pop de 1966 por Andy. Era a pessoa mais atormentada que já conheci. Sofri em suas mãos. E cada vez me surpreendia mais, para pior. Ela me batia com flores, com pedaços de pau, e eu não agüentava mais ficar ao lado dela. Toda vez que a via, tinha vontade de pisar em suas mãos, esmagar seus pés, sair correndo. Ela já não era legal e nem tão divertida – e olha que foi uma das pessoas mais divertidas que conheci.
O tempo passou e coisas aconteceram. Íamos ao estúdio de Andy e fazíamos grandes sessões de improviso. Eu, ela, John e mais dois amigos. Chegamos a fazer umas viagens com vídeos para Andy; gostávamos de mídias e possibilidades e tentamos muita coisa. Depois, começou a ficar complicado. Eu queria fazer outras coisas, John também. Ela pirou de vez e morreu. Minha chanteuse havia ido embora, e logo John, eu e o resto da banda nos separamos. Foi complicado e doloroso. Já não falava com Andy, seu estúdio agora era só uma memória perdida na minha cabeça e eu já estava fazendo outros lances. Descobri gostos e pessoas diferentes, pessoas que eram mais como eu. John e eu brigamos e paramos de nos falar, mas sempre tínhamos aquele olhar cúmplice toda vez que nos encontrávamos.
A última vez que nos vimos foi no funeral de Andy. Ele morreu bastante tempo depois de nos separarmos. Começou a apostar em outras idéias, como o cinema, em outros artistas e em coisas novas. Até hoje a história sobre a morte dele é nebulosa: dizem que estava envolvido com um roteiro, uma gravação, um filme doentio qualquer, que uma das freqüentadoras de seu estúdio queria rodar. Ela era lésbica e sexista, daquelas feministas nojentas. Andy era osso-duro, e precisava ser algo realmente bom para que ele colocasse suas preciosas mãos em cima. Acho que o filme da garota não era grande coisa — a julgar pelo livro que escreveu — e Andy não topou fazer. Ela ficou enfurecida, sacou uma arma e disparou alguns tiros nele. Ela o matou com um tiro no peito. O peito de Andy. Eu o amava, apesar de tudo.
Havia toda aquela balela dos programas do Ed Sullivan e aqueles almofadinhas de terno e gravata com corte de cabelo cafona. Rolava a presunção típica de norte-americanos bem nascidos, estudados e de ego inflado — coisa que só adquiri com o tempo. Era constrangedor. Chegávamos aos lugares, principalmente à universidade, e as pessoas eram intelectualizadas, metidas e chatas. Aquilo não era nosso mundo, e realmente não
Tudo passou muito rápido. Quando dei por mim, a madrugada estava acabando e um certo sol começava a querer invadir aquele momento tão sombrio, aquele funeral tão soturno. A maioria das pessoas estava indo embora enquanto poucas novas chegavam. Ficamos olhando para os presentes e imaginando coisas. Pelo menos eu imaginava. Pensei nas garotas que conheci na primeira visita, nos amigos de John, de outros amigos que fiz, como Harry, Mark, Sugar Plum Fairy, Daisy Mae e Biff. Pensei em onde estariam agora e se sabiam. Pensei nela e imaginei o quanto estaria pesarosa nesse momento, se estivesse viva. Lembrei-me dos seus versos e quase chorei.
Andei em direção ao pedestal, liguei o microfone, empunhei a guitarra e comecei a tocar a esmo, só para curar o tédio. John aproximou-se e me acompanhou no piano. Para nossa surpresa, estávamos bem entrosados e logo moldamos uma melodia. Comecei a sussurrar no microfone e a cantar as coisas que vinham à minha cabeça. Eu via as pessoas entrando e saindo e cantei para elas. Eu estava me despedindo daquilo tudo, desejando que tivessem uma boa noite. Eu estava me despedindo de tudo aquilo que o estúdio, do que John, Andy e a primeira noite que passei ali representavam. Sentia como se estivesse faltando metade de mim, mas também me dava vontade de rir, e eu continuava cantando para ela, me despedindo.
Fui embora ainda de manhã. Cheguei em casa e nem sequer olhei para a cama — seria impossível dormir agora. Sentei no sofá e fiquei pensando. Às onze da manhã, liguei a TV e vi os noticiários; todos só falavam na morte de Andy. Depois, já não sabia o que pensar.
Fui ao funeral dele em seu estúdio. Aquilo nunca esteve tão deprimente. Tudo parecia intocado, estava igual à última vez que eu estivera ali. Os sofás, as poltronas, a mesa, as cadeiras, os quadros e o palco. Caí em desespero quando meus olhos toparam mais uma vez com aquele pedestal. Foi muito rápido, mas tudo o que eu já havia presenciado ali passou pela minha cabeça numa velocidade frenética e acelerada demais para suportar. Fiquei zonzo e, quando me recobrei, avistei John do outro lado da sala, olhando para mim. Talvez ele soubesse o que estava acontecendo comigo. Fui falar com ele, precisava falar com alguém. Ficamos um bom tempo em silêncio antes de alguém abrir a boca.
Tudo passou muito rápido. Quando dei por mim, a madrugada estava acabando e um certo sol começava a querer invadir aquele momento tão sombrio, aquele funeral tão soturno. A maioria das pessoas estava indo embora enquanto poucas novas chegavam. Ficamos olhando para os presentes e imaginando coisas. Pelo menos eu imaginava. Pensei nas garotas que conheci na primeira visita, nos amigos de John, de outros amigos que fiz, como Harry, Mark, Sugar Plum Fairy, Daisy Mae e Biff. Pensei em onde estariam agora e se sabiam. Pensei nela e imaginei o quanto estaria pesarosa nesse momento, se estivesse viva. Lembrei-me dos seus versos e quase chorei.
Andei em direção ao pedestal, liguei o microfone, empunhei a guitarra e comecei a tocar a esmo, só para curar o tédio. John aproximou-se e me acompanhou no piano. Para nossa surpresa, estávamos bem entrosados e logo moldamos uma melodia. Comecei a sussurrar no microfone e a cantar as coisas que vinham à minha cabeça. Eu via as pessoas entrando e saindo e cantei para elas. Eu estava me despedindo daquilo tudo, desejando que tivessem uma boa noite. Eu estava me despedindo de tudo aquilo que o estúdio, do que John, Andy e a primeira noite que passei ali representavam. Sentia como se estivesse faltando metade de mim, mas também me dava vontade de rir, e eu continuava cantando para ela, me despedindo.
Fui embora ainda de manhã. Cheguei em casa e nem sequer olhei para a cama — seria impossível dormir agora. Sentei no sofá e fiquei pensando. Às onze da manhã, liguei a TV e vi os noticiários; todos só falavam na morte de Andy. Depois, já não sabia o que pensar.
Para tentar tirá-la da minha cabeça de uma vez por todas, fiz uma música com seu verso. Nunca me senti tão bem quanto nas vezes que a cantei. Fiquei sabendo que há pouco tempo uma dessas bandas novas e cheias de estilo tocou essa música. Não ouvi, mas espero que seja uma boa versão. E espero que eles saibam o que significa cantar take a walk on the wild side.

Esse texto faz parte de um projeto da revista digital Speculum chamado Mojo Books onde vários discos clássicos da cultura pop estão sendo recontados por diferentes autores.
Leia o livro, escute o disco: Lou Reed - Transformer - download

Anônimo 10:03 AM



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orig.obsc.; talvez relacionado com a raiz de cambada, com alt. de sufixo para -al 'grande quantidade' e depois grafado com -u, seguindo a pronúncia do -l final, predominante no Brasil, *os cambal > *o scambal > o escambau, ou ainda da raiz de 1cambo/1camba, por processo semelhante; levantou-se ainda a possibilidade de o voc. originar-se de *os cambau > *'s cambau > *scambau > escambau, hipótese que se poderia admitir do ponto de vista da fonética sintática, mas que seria de difícil sustentação do ponto de vista semântico.pode significar ao mesmo tempo: algo que não é verdade, grande quantidade, uma coisa incrível ou a expressão "e muito mais" ... e o escambau
(...)
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Pinto (ops), bordo, chuleio, crocheteio e tricoteio, não dirijo e nem ando de bicicleta, tenho talento pra finanças e pro desenho, encanto mais do que canto e a única coisa que quero aprender a tocar é a alma das pessoas. Sobre artes não sei muito, menos ainda da arte de amar. Leio muito menos do que gostaria e muito mais do que as pessoas que convivo. O sol em aquário faz com que a tecnologia e o novo guiem minha vida, a queda que tenho pelo belo, pelo sofisticado e pelo erótico, libra explica. Amo os animais até mesmo aqueles que partiram meu coração. Tenho um sorriso farto e fácil, boca bonita, lágrimas escassas, um bom humor praticamente inabalável e dificuldade de chorar apesar das dores. Me apaixono todos os dias, quase sempre pela pessoa errada, amar amei pouco e fui amada por muitos, não sou uma pessoa de fácil convívio apesar da primeira impressão. Não ligo para presentes, mas sou movida a elogios. Gentilezas e educação me conquistam instantaneamente. Prefiro lambidas à mordidas, mas não me provoque... Visite seu blogue.

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Catarinense de nascimento, Paranaense de coração. Professor, pô(eta!), apaixonado por Dalton Trevisan, Fernando Pessoas, Woddy Allen e é lingüista também só pra variar. Desvive em Florianópolis (infelizmente não na ilha). Só não fugiu com o circo porque a única coisa que saberia fazer é alimentar os animais. Quer publicar um livro e fazer um filho (um dia desses de chuva, quem sabe?). Visite seu blogue.
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