OESCAMBAL
terça-feira, dezembro 19, 2006
ONDE POSSO ENCONTRAR UM CD PIRATA DO NOEL ROSA?

Caetano Veloso, em “Samba de Paz”, uma de suas primeiras composições, dizia: “O samba vai vencer / quando o povo perceber / que é o dono da jogada”. Digam o que disserem, o samba nasceu entre umbandas, capoeiras e batuques no prato, e batuques na palma da mão. O samba é do povo – assim como a praça. Mas quem disse que o povo não faz poesia?

Foi nas casas das “tias” baianas da Praça Onze que o samba ganhou o compasso certo. “Pelo Telefone”, de autoria discutida, mas assinada por Ernesto dos Santos, o Donga, foi o marco inicial do gênero, mesmo que outros sambas menores o tenham antecedido. Conta-se que a Tia Ciata teve parceria na composição. Aquela mesma Tia Ciata que virou personagem de “Macunaíma”, do Andrade. Mesmo sem nenhum registro da voz de Donga, sabemos exatamente como as músicas eram cantadas. O samba tem essa capacidade incrível de passar de roda em roda como um vírus contagioso e letal. Só mata de alegria, a não ser aqueles do ti-cu-tu-co-no-cutuco, que, de faca e prato na mão, marcam o ritmo frenético do morro, mas depois acabam brigando por causa de uma mulata dengosa que mantinha um caso amoroso com ambos.

Não podemos ouvir a voz de Donga, mas podemos visualizar a animação (alma do samba) que regava os batuques em sua casa: Pixinguinha e Jacob do Bandolim só para citar alguns. O samba-maxixe “Pelo Telefone” talvez seja o primeiro samba engajado da nossa história, empenhado não somente em ser arte de festa, já que a origem do samba como arte só pode ser observada como “arte de festa”, longe dos manuais esteticistas e museus caducos, mas principalmente em criticar corrupção policial que rondava o Rio de Janeiro do início do século XX.

Os apaixonados por categorizações e gêneros adorariam classificar: Samba-choro, samba-canção, partido alto, samba de breque, samba exaltação, samba de roda, samba enredo, pagode, e por aí vai. Com a explosão do rádio, o samba desce o morro e penetra sem pedir licença nos lares burgueses, classe A e B, meu pai comprou um rádio, seu pai não tem. Mansamente vem chegando: Francisco Alves, Orlando Silva, Noel Rosa, etc. São lançados os famosos discos de 78 RPM, hoje dificilmente encontrados em sebos e lojas especializadas em antiguidades, êta passado quase presente-remoto-e-careta. Os ouvintes da Rádio Nacional (inclusive os daqui de Porto União – cofrinho do mundo) encomendavam os discos e esperavam ansiosamente para “fazer funcionar a vitrola”.

Cada disco comportava, na maioria das vezes, apenas duas pérolas, uma de cada lado do disco. E falavam para os vizinhos: “Você já ouviu “Linda Flor (Ai, Ioiô)?”, coisa linda: ai ioiô, eu nasci pra sofrer, fui olhar pra você, meus óinho fechou!”. Cada lançamento era uma festa. Hoje, a coisa só não é mais fácil, porque só poderia ficar mais difícil. Milhões e milhões de CDs piratas encontrados em cada esquina. Os títulos são sempre os mesmos: “Bruno e Marrone, Zezé de Camargo e Luciano, Sandy e Júnior. Por que não copiam um CD do Jards Macalé? Nunca vi um CD do Jards Macalé numa banca de CD pirata. E do Cartola? É urgente, onde está a antologia do Noel Rosa pirateada? Quem vai levar?

Caio Ricardo Bona Moreira - Porto União: cofrinho do mundo

caio ricardo bona moreira 7:38 PM



Literatura, lixeratura, Música, Cinema, Teatro e outros bordéis.

Adriana Scarpin- domingo
Luisandro - segunda-feira
Caio Ricardo- terça-feira
Juliana - quinta-feira
Lucila - sexta-feira
Flora - sábado
orig.obsc.; talvez relacionado com a raiz de cambada, com alt. de sufixo para -al 'grande quantidade' e depois grafado com -u, seguindo a pronúncia do -l final, predominante no Brasil, *os cambal > *o scambal > o escambau, ou ainda da raiz de 1cambo/1camba, por processo semelhante; levantou-se ainda a possibilidade de o voc. originar-se de *os cambau > *'s cambau > *scambau > escambau, hipótese que se poderia admitir do ponto de vista da fonética sintática, mas que seria de difícil sustentação do ponto de vista semântico.pode significar ao mesmo tempo: algo que não é verdade, grande quantidade, uma coisa incrível ou a expressão "e muito mais" ... e o escambau
(...)
ADRIANA SCARPIN

Eu existo. Ou não. Visite seu blogue.

CAIO RICARDO

Eu estou poemando, logo existo, ou pelo menos insisto. Essa é uma das minhas meditações, uma espécie de mantra semântico, esse é meu canto assintático. . Visite seu blogue.

FÁBIO CEZAR

Carioca, graduado em Letras, é poeta, músico e professor. Participou como guitarrista e compositor em bandas de rock na cena underground. Escreve em colaboração a revistas, jornais e sites culturais. Editou o zine literário Falárica em edições eletrônica e panfletária, através do qual divulgou sua poesia e de outros poetas e prosadores. Mantém o blog Tediário Poetético .
, laboratório poético onde expõe suas "hipatéticas experiências eletro-estéticas". É autor de Polivocalia (e-book, ed. do autor), além de outros poemas, artigos, ensaios, crônicas e uma peça de teatro inéditos. Visite seu blogue ou site.

FLORA HANNAH

Flora Hannah ou Graciele Tules, a Graci?! Você é quem sabe. Flora é a criação, Graci é a criatura, além de uma pretensiosa aspirante de professora, fotografa e poetisa. Ela nasceu em 1981, em Joinville, e passou a infância ajudando seu pai a arrumar o encanamento entupido. Hoje passa os dias a contar e assassinar moscas. Visite seu blogue

JU REPCHUK

Olho o tempo passando pela janela do meu quarto. Tenho teorias malucas. Ando lendo revistas em excesso. Ando rindo em excesso. Ando grávida. Ando professora de inglês. Ando a pé. Ando mascando o chiclete. Paranaense cosmopolitana. Otimista com as pessoas. Comigo mesma. Aprendendo o manuseio correto das palavras. Conhecendo novas bandas de rock. Apaixoanda por lecionar, por cantar, por namorar... Prefiro o PC à TV. Adepta do widescreen e linguagem original no vídeo. Aprendendo Francês. Tendo uma queda no Alemão. Ainda tenho muito que aprender do Inglês. Da vida.

LUCILA

Pinto (ops), bordo, chuleio, crocheteio e tricoteio, não dirijo e nem ando de bicicleta, tenho talento pra finanças e pro desenho, encanto mais do que canto e a única coisa que quero aprender a tocar é a alma das pessoas. Sobre artes não sei muito, menos ainda da arte de amar. Leio muito menos do que gostaria e muito mais do que as pessoas que convivo. O sol em aquário faz com que a tecnologia e o novo guiem minha vida, a queda que tenho pelo belo, pelo sofisticado e pelo erótico, libra explica. Amo os animais até mesmo aqueles que partiram meu coração. Tenho um sorriso farto e fácil, boca bonita, lágrimas escassas, um bom humor praticamente inabalável e dificuldade de chorar apesar das dores. Me apaixono todos os dias, quase sempre pela pessoa errada, amar amei pouco e fui amada por muitos, não sou uma pessoa de fácil convívio apesar da primeira impressão. Não ligo para presentes, mas sou movida a elogios. Gentilezas e educação me conquistam instantaneamente. Prefiro lambidas à mordidas, mas não me provoque... Visite seu blogue.

LUISANDRO

Catarinense de nascimento, Paranaense de coração. Professor, pô(eta!), apaixonado por Dalton Trevisan, Fernando Pessoas, Woddy Allen e é lingüista também só pra variar. Desvive em Florianópolis (infelizmente não na ilha). Só não fugiu com o circo porque a única coisa que saberia fazer é alimentar os animais. Quer publicar um livro e fazer um filho (um dia desses de chuva, quem sabe?). Visite seu blogue.
    selos

    Clique aqui para entrar

foi pro beleleu
julho 2006 / agosto 2006 / setembro 2006 / outubro 2006 / novembro 2006 / dezembro 2006 / janeiro 2007 / fevereiro 2007 / março 2007 / março 2008 /



Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com
Powered by Blogger