
Estou muito longe de ser marxista-maoísta ou leninista, mas La Chinoise de 1967 tem um discurso bastante interessante para se conhecer a juventude de Maio de 68 e os meandros da linguagem de Godard. Aliás, é impressionantemente profético como o cinema de Godard convergiu com os acontecimentos históricos da França. Está longe de ter a qualidade de um Bande à Part, Pierrot le Fou, Desprezo ou Acossado, mas ainda vale dar uma conferida.
Nota 1: O filme se passa todo num apartamento que considero um dos mais lindos do cinema, cuja decoração usa e abusa da obsessão de Godard por cores primárias (que por acaso também herdei com a minha mania de sofás vermelhos e paredes azuis), que vai além da utilização das cores da bandeira francesa e recai também no amarelo.
Nota 2: Deixo aqui um link para uma das mais clássicas cenas do cinema, faz parte do meu filme preferido do mestre Godard:
Bande à Part. Por acaso toda a sequência passada na lanchonete desse filme foi inspiração para os momentos de Mia Wallace e Vincent Vega em Pulp Fiction, como vocês mesmo poderão conferir nesse trecho.
Anônimo 12:02 AM