pensamentos, vitorias, derrotas, as batalhas campais que concernem os encontros e desencontros da existencia terrena, dos relacionamentos, da atividade fornicativa e da canalhice light auto-sustentada.
Genesis - Para Lucila, minha visão da Co-Autora
Ausente de qualquer modéstia, minha natureza de exímeo contador de causos e servidor da palavra não me bastam nessa narrativa. Foi há exatamente um decênio, em uma dessa situações ridículas que o tédio e o acaso nos colocam pela frente. À medida que fomos trocando as figurinhas da vida, e as risadas nos fizeram engasgar com os fermentados, destilados e alcalóides presentes em cada ocasião, percebi que a mitologia estava equivocada. Por Zeus!! Seria possível a co-existência harmoniosa de 02 titãs em um mesmo campanário?? Reconheci de pronto a envergadura de Lucila ou simplesmente Lu, a "Gatinha". Entre seus diversos feitos dignos dos 12 trabalhos herculanos, realizei quantos bufões caíam dioturnamente a meu derredor e como tantos outros já haviam se curvado e eram magistralmente titereados por ela. Estaria eu finalmente diante de meu mais formidável nêmesis??Ao medir nossas forças, sapientes, decidimos ser desnecessária a intervenção de Perseu. De maneira subliminar, estabelecemos um pacto de "não-agressão", pois em verdade vos digo: a confluência desordenada de 02 titãs pode trazer efeitos devastadores. Hoje tenho o dobro de minha altura pela soma com Lucila. Regozijo-me por sua capacidade de orquestração e partilho o sorriso de canto de boca a cada corpo que cai. Para ti, minha querida amiga "Gatinha", um ósculo na face...obviamente após a lambida.
Desvendando a "Síndrome do Depois"
Ao contrário da pluralidade filosofal, do eterno improvável, da memória paquidérmica e das infinitas possibilidades que envolvem o pensar e o agir da turma do genoma XX, o universo masculino é sim, extremamente singular e previsível... ousaria dizer até facilmente manipulável, como certamente minha ilustríssima colega co-autora, Lu, pode atestar. Com o tocar das cornucópias, resolvi abrir a caixa de pandora sobre segredos e os motivos milenares que, desde nossos mais longínquos antepassados, envolvem a indiferença masculina pós-coitum: a infame "Sindrome do Depois". Este evento se alastra em progressão geométrica e vitima com saia justíssima milhares de homens de bem (e do mal), fadados a utilização de linguagem fática e esfarrapelas diversas após a troca de fluidos corporais. A sensação do querer não estar, sublimar se possivel... ou mesmo fazer-se de louco e correr nú pelas ruas para atenuar a dor que o aguilhão do remorso nos trás. Pela clava de Might Thor!! Fizestes esta defecagem outra vez!!??? Rogo ao mulhereto que atentem para detalhe de importância importantíssima: não se trata do sentimento desgraçado trazido pela sobriedade após o uso de LEM - Líquido Embelezador de Mulheres - Este merecidamente revela-se quando descobrimos que não nos deitamos com Gilda, mas com o Exú Caveira pulando em brasa quente. Nazareno!!!! .(Tema que será discutido em capítulo específico: "O Teorema de Léo Jaime"). Au contraire, a SD é implacável, cruel e não poupa as mais belas flores. Minha idiotice masculina revelou-se cedo. Mais especificamente a capacidade de incorrer no mesmo erro diversas vezes... over and over.... and over again. Fui rasgado pela SD antes, durante e depois. Cobaia de minha própria cobiça. Quantas vezes andei na linha tênue dos comentários sobre o clima, cigarrinhos estratégicos apesar de não ser fumante e/ou inverossímeos compromissos de ultima hora as 3 da manhã. Quantas vezes, voluntaria e involuntáriamente, causei a dúvida, o choro, a cólera, a insegurança, enjôo, azia e má-digestão? Ferí. Nesse processo, felizes são somente os motoristas do rádio taxi fazendo a férea em bandeira 2 ao quadrado de madruga. Certa feita, o inexplicado entendimento me bateu à cara. Acometido pela SD em uma fazenda no sul do país, encontrei-me em um estábulo tal qual um roedor, literalmetne fugindo da cama de uma mulher belissima. Sábia natureza. Observei. Após a furiosa corte preliminar e a rápida cobertura da fêmea, o reprodutor volta-se imediatamente à pastagem...indiferente, apático... quase humano. Tracei de imediato o paralelo de como nos comportamos no Motel: abrindo uma gelada e, com o controle remoto em mãos, símbolo máximo da cretina supremacia masculina, mudamos impacientemente a transmissão de "Backdoor Sluts - 8" para um emocionante jogo de bola Seleção Junior do Equador X Serra Leoa ou mesmo um digestivo episódio do Chapolim Colorado. Aliás, aquele em que ele diz... deixa pra lá. Com efeito, percebi que não há cura, paleativo, guizado, unguento ou poção. A fé irá falhar e mais uma beldade ficará com cara de "Sinhá Maricota!! cadê o frade??". Mas nem tudo está perdido: há a prevenção. O intercurso sem um mínimo de cumplicidade levará ao mal. Seria a febre-do-rato ou estaria eu admitindo a necessidade.... do amor??? Admito. Por isso mesmo é que há de haver mais compaixão e muito, muito mais do que o simples movimento de atrito. Afinal, diferentes dos equinos, temos a capacidade do livre arbítrio e a habilidade de tecer estratagemas, digo as mulheres... os homens via de regra, exceto pela cauda, poderiam estar no mesmo grupo quadrúpede. Lembro-me de um loiraça que conheci patinando nas calçadas de South Beach na Flórida... usava uma camiseta apertada com uma frase distorcida pelos seios fartos, cheios de polímeros: "i have the tool, i make the rules". Vencedora será a mulher que utilizar-se-á desta premissa com sabedoria. E idolatrado, carrergado nos braços da povo, o homem que puder contar detalhes a respeito daqueles peitões. No caso, este humilde titã por detrás do teclado. Muito obrigado pelos aplausos, mas não precisa ir longe Sherlock... após a selvageria com a loira, fui abatido pela pena capital.... mais uma vez, a Síndrome do Depois...
Marlus Daniel "O Mael" (meu amigo de fé e irmão camarada) in Fúria de Titãs
ludelfuego 4:37 PM