OESCAMBAL
terça-feira, agosto 15, 2006

Caio Ricardo Bona Moreira

ENTREVISTA COM O VAMPIRO



Curitiba. Uma madrugada como outra qualquer. Alto da Glória. O Vampiro sai do castelo. Dobra a esquina. Atravessa a rua. Esconde-se na capa preta. Ouve passos. Sabe que está sendo seguido.

Encontra o Café Imperial aberto. Pede um martelinho e dois pães de queijo. Uma jovem entra. Aproxima-se. Ah, perdição de velho! Ela, quase sem esperança, pede para entrevistar o vampiro, para um trabalho do colégio. Ele sorri e aceita. Foi Deus que mandou você. Ela fica surpresa. A rolinha quase bate palmas. Senta. Aperta as pernas. “Veja só, estou tremendo!” Ele oferece pão de queijo.

“O café está quentinho?”. Ele fala o que ela quiser. Uma só condição. Ele também quer entrevistar. Ela acata. Os dois vão tirando as cadernetas dos bolsos. Ela empresta o lápis. “O peitinho é mimosa partida ao meio”. Fala tudo o anjinho. Uma vez no banheiro, matando aula com um coleguinha. Uma outra, um selinho no professor de Educação Física, no vestiário da cancha, enquanto as meninas batiam bola. Outra, um beijo de língua na melhor amiga, em casa, enquanto faziam a lição de casa. Quando não tinha mais o que contar, inventava. Ele anotava.

Ela levanta e vai pedir mais um café para ele. Quando volta, cadê o vampiro? Velho maldito, nem devolveu o lápis. Ele atravessa a rua e dobra a esquina. Ainda sobra tempo para escrever: “Essa menina é minha perdição! O lombinho é espuma de leite! E mansinha de rédea!”. Chega no castelo, corre para a máquina e começa a escrever: “Curitiba. Uma madrugada como outra qualquer. Alto da Glória. O Vampiro sai do castelo...”.

caio ricardo bona moreira 2:18 PM



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orig.obsc.; talvez relacionado com a raiz de cambada, com alt. de sufixo para -al 'grande quantidade' e depois grafado com -u, seguindo a pronúncia do -l final, predominante no Brasil, *os cambal > *o scambal > o escambau, ou ainda da raiz de 1cambo/1camba, por processo semelhante; levantou-se ainda a possibilidade de o voc. originar-se de *os cambau > *'s cambau > *scambau > escambau, hipótese que se poderia admitir do ponto de vista da fonética sintática, mas que seria de difícil sustentação do ponto de vista semântico.pode significar ao mesmo tempo: algo que não é verdade, grande quantidade, uma coisa incrível ou a expressão "e muito mais" ... e o escambau
(...)
ADRIANA SCARPIN

Eu existo. Ou não. Visite seu blogue.

CAIO RICARDO

Eu estou poemando, logo existo, ou pelo menos insisto. Essa é uma das minhas meditações, uma espécie de mantra semântico, esse é meu canto assintático. . Visite seu blogue.

FÁBIO CEZAR

Carioca, graduado em Letras, é poeta, músico e professor. Participou como guitarrista e compositor em bandas de rock na cena underground. Escreve em colaboração a revistas, jornais e sites culturais. Editou o zine literário Falárica em edições eletrônica e panfletária, através do qual divulgou sua poesia e de outros poetas e prosadores. Mantém o blog Tediário Poetético .
, laboratório poético onde expõe suas "hipatéticas experiências eletro-estéticas". É autor de Polivocalia (e-book, ed. do autor), além de outros poemas, artigos, ensaios, crônicas e uma peça de teatro inéditos. Visite seu blogue ou site.

FLORA HANNAH

Flora Hannah ou Graciele Tules, a Graci?! Você é quem sabe. Flora é a criação, Graci é a criatura, além de uma pretensiosa aspirante de professora, fotografa e poetisa. Ela nasceu em 1981, em Joinville, e passou a infância ajudando seu pai a arrumar o encanamento entupido. Hoje passa os dias a contar e assassinar moscas. Visite seu blogue

JU REPCHUK

Olho o tempo passando pela janela do meu quarto. Tenho teorias malucas. Ando lendo revistas em excesso. Ando rindo em excesso. Ando grávida. Ando professora de inglês. Ando a pé. Ando mascando o chiclete. Paranaense cosmopolitana. Otimista com as pessoas. Comigo mesma. Aprendendo o manuseio correto das palavras. Conhecendo novas bandas de rock. Apaixoanda por lecionar, por cantar, por namorar... Prefiro o PC à TV. Adepta do widescreen e linguagem original no vídeo. Aprendendo Francês. Tendo uma queda no Alemão. Ainda tenho muito que aprender do Inglês. Da vida.

LUCILA

Pinto (ops), bordo, chuleio, crocheteio e tricoteio, não dirijo e nem ando de bicicleta, tenho talento pra finanças e pro desenho, encanto mais do que canto e a única coisa que quero aprender a tocar é a alma das pessoas. Sobre artes não sei muito, menos ainda da arte de amar. Leio muito menos do que gostaria e muito mais do que as pessoas que convivo. O sol em aquário faz com que a tecnologia e o novo guiem minha vida, a queda que tenho pelo belo, pelo sofisticado e pelo erótico, libra explica. Amo os animais até mesmo aqueles que partiram meu coração. Tenho um sorriso farto e fácil, boca bonita, lágrimas escassas, um bom humor praticamente inabalável e dificuldade de chorar apesar das dores. Me apaixono todos os dias, quase sempre pela pessoa errada, amar amei pouco e fui amada por muitos, não sou uma pessoa de fácil convívio apesar da primeira impressão. Não ligo para presentes, mas sou movida a elogios. Gentilezas e educação me conquistam instantaneamente. Prefiro lambidas à mordidas, mas não me provoque... Visite seu blogue.

LUISANDRO

Catarinense de nascimento, Paranaense de coração. Professor, pô(eta!), apaixonado por Dalton Trevisan, Fernando Pessoas, Woddy Allen e é lingüista também só pra variar. Desvive em Florianópolis (infelizmente não na ilha). Só não fugiu com o circo porque a única coisa que saberia fazer é alimentar os animais. Quer publicar um livro e fazer um filho (um dia desses de chuva, quem sabe?). Visite seu blogue.
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